PR5OLR - Trilho do Cabrito - Oleiros Amieira

Percurso circular com partida e chegada no Posto de Turismo de Oleiros. É aconselhado realizá-lo no sentido contrário aos ponteiros do relógio, rumando à Rua da Rampa do Outeiro. Percorrendo as ruas do núcleo antigo da vila de Oleiros, os por­menores da arquitetura tradicional sobressaem. Este é o caso da elegante sede da Sociedade Filarmónica Oleirense, fundada em 1894 pelo Pe. José Joaquim da Silva Reis e da belíssima Igreja da Misericórdia, edificada no séc. XVI e classificada como Imóvel de Interesse Público. Uns metros adiante, o interior da Igreja Matriz é um tesouro formado pela harmonia dos extraordinários retábulos de talha dourada, do painel de azulejos hispano-árabes e do riquíssimo teto composto por caixotões de madeira policromada. Após a visita, o percurso segue para o Largo dos Viscondes, cuja des­cida vai até à EN238 e logo depois continua o percurso pelas margens da Ribeira de Oleiros. Em plena margem, segue-se pela serven­ tia de campos agrícolas levando à nostálgica "Fonte dos Braços". Na continuação, o percurso leva à singela povoação de Tojeira, por trilho ribeiri- nho, que transpõe o Açude da Salina e acompanha a levada com o mesmo nome, outrora palmilhada pela popu- lação da extremidade desta freguesia. Do povoado referido até ao parque de merendas da Tapadona, o percurso cresce por caminhos rurais que escoltam a ribeira. Aqui, a presença de pequenos rebanhos de cabras é habitual. Estas procuram alimento tenro e viçoso, sobretudo nas primeiras chuvas de outono, que instigam a uma enorme variedade de herbáceas ao longo das margens. Após alguns minutos de descanso, é encaminhado para o "carreiro da escola", onde as campainhas da "cabrada" se ouvem nos tradicionais currais. Escutam-se os cabritos agoniados à pro­cura da sua progenitora. Sente-se o pastor na sua labuta diária entre os caprinos. Nestas terras nascem e são criados os cabritos que aos 45 dias são transformados na iguaria gastronómica genuína deste ter­ritório: o "cabrito estonado".